Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou hoje (23), em São Paulo, que a decisão de revisar uma parte da medida que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi tomada para prevenir "especulações" e ruídos que pudessem sugerir uma restrição aos investimentos no Brasil.
De acordo com o ministro, a revisão deste ponto terá um impacto mínimo no conjunto de ações anunciadas ontem. O efeito é extremamente reduzido. Estamos nos referindo a um valor inferior a RS 2 bilhões. "Todas as ações anunciadas somam R$ 54 bilhões", declarou.
Por volta das 23h30 de ontem, o Ministério da Fazenda anunciou que, "após diálogo e análise técnica", iria restabelecer a norma que determinava a isenção de IOF para investimentos de fundos nacionais no exterior. O ministro afirmou na manhã de hoje (23), antes do mercado abrir, que passou a noite trabalhando no decreto de correção, que foi divulgado no Diário Oficial.
Segundo o ministro, o governo sempre está disposto a dialogar, por isso optou por escutar as críticas feitas ontem após a divulgação das medidas.
"Não há problema em alterar a rota, contanto que o caminho estabelecido pelo governo seja mantido, com o objetivo de fortalecer a estrutura fiscal e atingir as metas para a estabilidade financeira do Brasil." Continuaremos dispostos a dialogar sem qualquer obstáculo e contamos com a ajuda dos nossos parceiros habituais para corrigir a prática, mas sempre com o foco no objetivo estabelecido ontem, afirmou.